07 de março de 2010.
Cincoenta e três anos se passaram desde aquele 7 de março de 1957.
Não consigo entender o que está acontecendo comigo. Acordo de madrugada, vou ao banheiro e me olhando no espelho vejo a figura de um guri, um espirito, uma imagem que não sou eu; quem será então este que do outro lado me olha e com um sorriso maroto me chama para brincar?
Ainda meio dormindo me assusto. Depois reconheço quem é o moleque.
- Brincar do quê? pergunto.
- De fazendeiro. Responde o garoto. Com os sabugos de milho, com as latinhas vazias de sardinha e mamonas verdes, que serão as casas e os galpões das nossas fazendas; nossos carros e as nossas centenas de bois passeando pelos pastos.
- Hummm! não sei se quero brincar de fazendeiro. Respondo.
- Tenho outra idéia, diz o garoto: vamos tomar banho pelado no Panduí?
É
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As águas do rio da minha cidade não tinham pedras brancas, grandes e parecidas com ovos de dinossauro, iguais aos rios de macombo, da cidade de Gabriel Garcia Marques em cem anos de solidão, mas era o meu rio.
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