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Meu velho amigo de infância João Grilo.
Hoje, graças a você, revi o Panduí.
Revi e revivi meus sonhos de guri.
E, se hoje sou feliz, é porque nas águas do Panduí, lá sonhei meus sonhos de guri.
Neste rio adocei a minha infância e hoje, se ainda sou menino, se insisto em não crescer é porque nas águas do panduí meus primeiros sonhos eu vivi.
Naquelas águas límpidas e nas areias cristalinas eu mergulhei, em cada curva, em cada poço e com cada lambari os meus sonhos eu dividi.
Se o meu rio, mesmo com águas diáfanas e cristalinas não tinha pedras brancas igual ovos de dinossauro tal qual o rio de macombo, era o meu rio de guri.
Rio dos meus sonhos.
Sem medo das suas águas, sem medo dos seus fundos, nas suas areias estavam meus castelos, meus sonhos, minha princesa, meu amor. Rio da minha vida. Só peço a Deus, por mais terra que eu ande, por mais água que eu navegue, por mais amores que eu tenha, não me deixe morrer sem antes nas tuas águas eu nadar.
Não quero morrer sem antes ver o Panduí!